sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CURSO BIBLICO – CAPITULO I




CAPITULO 01 – COMO A IGREJA CATÓLICA COMPÔS A BIBLIA?
“Foi a tradição apostólica que fez a igreja discernir quais deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (DV 8; CIC, 120).
“pela tradição toma-se conhecido á igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreensíveis e se fazem sem cessar, atitudes” (DV, 8).
A primeira grande tradução da Bíblia chama-se Vulgata, feita por S. Jerônimo por encargo do Papa Dâmaso. S. Jerônimo terminou seu trabalho no ano 384. A Vulgata chegou a ser de uso universal. Atualmente a Bíblia é Traduzida em todas as línguas mais conhecidas. É o livro mais conhecido, mais lido e mais meditado. Nele todo ser humano encontra respostas para todos os seus problemas do presente, do passado e do futuro.
Conclusão: sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia.
Santo Agostinho dizia: “eu não acreditaria no evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC, 119; Contra epistulam Manichaei quam vocant fundamenti, 5,6: PL, 42, 176).
Por que a bíblia Católica tem 72 (ou 73 livros dependendo como se conta) enquanto a protestante tem apenas 66?
A Reforma de Lutero rejeitou: Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10, 4-16; Daniel 3, 24-20; 13-14.
De fato, Martinho Lutero, ex-religioso agostiniano, aceitou os livros da bíblia como inspirados só os que interessavam à sua teoria. Os protestantes, sem saber, aceitam a autoridade da Igreja Católica em relação à bíblia.
Os fatos: depois da morte do ultimo apóstolo, até o ano 381 (concílio de Constantinopla), havia muitos livros aduterados que passam como se fossem inspirados, mas não eram. Foi o Papa Dâmaso que, em 381, assistido pelo Divino Espírito Santo, definiu que os livros inspirados no NT são só os nós conhecemos  e aceitamos hoje. E os nossos irmãos protestantes aceitam também.
A razão disso – ano 100 – Sínodo de Jâmnia, Palestina (lei Nacionalista dos Judeus).
Critérios nacionalistas para um livro fazer parte da bíblia:
1.      Deveria ter sido escrito na Terra Santa;
2.      Escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;
3.      Escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);
4.      Sem contradição com a torá ou Lei de Moisés.
Alexandria no Egito, entre 250 e 100 a.C, versão grega – Alexandrina ou dos Setenta. Incluiu os livros que os judeus da Jâmnia rejeitaram. A Igreja Católica sempre seguiu esta versão.
Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados em Jâmnia.
Ao escreverem o Novo Testamento usaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico.
Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos.
Nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo:

Rom 1, 12-32 se refere a Sb 13, 1-9;
Rom 13, 1 a Sb 6, 3;
Mt 27, 43 a Sb 2, 13-18;
Tg 1,19 a Eclo 5; 11;
Mt 11, 29s a Eclo 51, 23-30
Hb 11, 34 a 2 Mac 6, 18; 7, 42;
Ap 8, 2 a Tb 12, 15.
O Novo Testamento não cita muitos dos outros livros da Bíblia, por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute.
Escritos dos Santos Padres da Igreja citam os livros rejeitados (deutero-canônicos) como Sagrada Escritura.
São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no anode 95 escreveu a Carta aos Corintios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico.
Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e do 2 Macabeus;
Santo Hipólito (+234), comenta o livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.
Vários Concílios confirmam isto: os Concílios regionais de Hipona (393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870).
Martinho Lutero (1483-1546) ao traduzir a Biblia para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônico) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblicas protestantes, até o século XIX incluiam os setes livros nas edições da Biblia, então como podem dizer que os sete livros rejeitados pelos protestantes hoje são considerados apócrifos (não-inspirados)? Se estes viveram numa época do racionalismo iluminista.
Todavia, A Biblia Alexandrina ou dos Setenta foi usada por Jesus e pelos apóstolos. Isto significa que aceitavam os deuterocanônicos como Palavra de Deus revelada. Jesus e os apóstolos citam o AT 350 vezes. Pois bem, destas 350 citações, 300 são tiradas da Biblia Alexandrina ou dos Setenta. Isto demonstra clara e absolutamente, sem deixar dúvida, que os livros deuterocanônicos contêm a Palavra de Deus autêntica e verdadeira.



LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO E TEMPOS A QUE SE REFEREM
“marcha ascendente de revelação” de Deus até Jesus Cristo.
DA ORIGEM Á REALEZA (1800-1000 a.C): Gênesis, Êxodo, Levítico, Nùmero, Deuteronômio, Josué, Juízes, I e II Samuel, I e II Reis.
TEMPO DOS REI (1000 – 587 a.C): Amós (760), Oséias (750), Isaías (primeira parte, 39 primeiros capitulos, ano 760), Miquéias (725), Naum (625), Sofonias (625), Habacuc(605), Jeremias (600).
TEMPO DO EXÍLIO (587-538 a.C): Lamentações, Ezequiel, Abdiasm e a Segunda parte do livro de Isaias (capitulos 40 e 55).
APÓS O EXÍLIO (537-175 a.C): I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Eclesiástico (200), Eclesiastes (250)e Cântico dos Canticos, Provérbios, Ageu e Zacarias (520), Malaquias (440), Joel e Jonas, Rute, Tobias, Judit, Ester, Jó (500).
EPOCA DOS MACABEUS (175-140 a.C): Sabedoria, Baruc, Daniel, I e II Macabeus.
Os Livros que compõema Biblia católica: 73 livros: 46 Livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.
Das Origens aos Reis – 7 Livros:
- Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué e Juízes.
Dos Reis de Israel eo Exílio – 7 Livros:
- Rute, Samuel I, Samuel II, Reis I, Reis II, Crônicas I e Crônicas II.
Livros Sapienciais – Ensino e Oração – 7 Livros:
- Jô, Salmos, Provérbios, Lamentações, Cânticos, Eclesiástico (ou sirac) e Sabedoria.
Pofetas Maiores – Pregações - 6 Livros:
- Isaias, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel e Daniel.
Pofetas Menores – 12 Livros:
- Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuc, Sonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
B. Novo Testamento
Evangélhos e Atos dos Apóstolos – 5 Livros:
- Mateus, Marcos, Lucas João e Atos dos Apóstolos.
Cartas de São Paulo – 14 Livros:
- Carta aos Romanos, Coríntios I e II, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses I e II, Timóteo I e II, Tito, Ilemon, Hebreus.
Cartas dos outros Apóstolos – 8 Livros:
- Carta de Tiago, Pedro I e II, João I, II e III, Judas, Apocalipse.
 

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